Mastigava-te como se fosses manteiga. Como se dissolvesses o teu sabor nas minhas entranhas e te possuí-se como chocolate quente perdido. Como se desfizesses a tua alma no ar quente e penetrasses no meu corpo como fogueira adormecida que acordava para viver. Deliciava-me ao tocar-te, ao sentir que me desejavas como o eclipse deseja o sol e como as ondas desejam o mar. Precisava de ti, para todas as minhas opiniões, todos os meus sabores, todos os meus sonhos e os prazeres que a vida nos dá e nos tira quando piscamos os olhos no vento que nos sacode a alma. Lá no fundo sempre tive a certeza que te perderia e que todo o nosso amor fugiria um dia. Hoje que não vejo o teu corpo na almofada e não te senti a escorregar nas mãos e a ver-te voar com o vento vejo-me naquilo que não era contigo: sozinha. A procurar o teu conforto... A querer o teu corpo de novo. A imaginar o teu sorriso a sorrir nos cantos da casa onde perfumavas o teu nome. Possuí-ta tanto que ainda te sinto na minha pele. Possuí-te tão infinitamente tanto que a minha pele ainda hoje te guarda como se fosses o cobertor que apertará o meu frio e revelará o meu calor para sempre. Foste tão meu que hoje ainda saibo a ti... E que foste tu senão a minha fórmula de amar alguém? Senão o vulcão que fez explodir aquilo que sou? Era assim que te amava. A fazeres-me quem sou. Hoje, passado tanto tempo das noites e das horas do nosso amor rolar pela minha cama e pelos sofás da tua casa sinto que me falta a tua existência na minha vida para ser feliz. Amá-mo-nos tanto que não encontro forma de te tirar de mim... Onde estarás hoje? No meu coração... Apenas no meu coração, com toda a certeza...
"Foste tão meu que hoje ainda saibo a ti." - gostei muito :)
ResponderEliminar" Onde estarás hoje? No meu coração... Apenas no meu coração, com toda a certeza..." e tens uma escrita tão mágica
ResponderEliminarAdorei querida! És nova por cá :)
ResponderEliminare oh, o quanto nos dói ser plagiada não é? não há respeito.
Obrigada querida e oh, isto acaba comigo. É triste, revoltante :(
ResponderEliminarObrigada mariana !
ResponderEliminar"Deliciava-me ao tocar-te, ao sentir que me desejavas como o eclipse deseja o sol e como as ondas desejam o mar" está lindo
és amor, puro amor. ainda bem que te abrigaste noutro cantinho, adoro ler-te <3
ResponderEliminarCá estou. E deliciada como sempre. És um doce Mariana, e isso transborda para as tuas palavras.
ResponderEliminarAdorei, como sempre.
Beijinhos
já faz parte de nós. aquece-nos o coração.
ResponderEliminar"sinto que me falta a tua existência na minha vida para ser feliz" ...sempre perfeitoo :)
ResponderEliminarGostei do teu blog :)
ResponderEliminarVou seguir ;)
Constato depois de me perder pelas imensas linhas de texto refinado que tens por aqui, que encetaste este recanto de purgação dois dias antes de iniciar o meu. Deliciosa coincidência.
ResponderEliminarÉ bom perder-me pelos teus torvelinhos existenciais, pois tragar a inebriante polpa da tua sensibilidade é realmente algo que me acrescenta. Há incontornáveis coincidências que me magnetizam.
Beijo enorme Mariana... minha magnífica descoberta blogosférica.
(Realmente o virtual ainda consegue ter esta particularidade... surpreender-nos com a genuinidade de uma Alma, num meio tão infestado de personagens fictícias e vestidas com falsidade)