quinta-feira, 22 de junho de 2017

Gritar o teu nome em silêncio com tanta raiva que as veias que vagueiam para que nos vejamos e nos ouçamos se destruam. Gritar o teu nome com tanto amor em tanta potência para descobrir que me escorres das veias. Dos poros. De cada orifício sublime que me percorre. Gritar para descobrir que tenho silêncio (ou o sou). Que reprime. Que imprime. Que empurra. Que puxa. Que esmaga. Que tanto tenta soletrar o que não consegue.  Gritar para descobrir que há um silêncio potente e impotente dentro de que sou. Ao mesmo tempo que impludo. Ao mesmo tempo que ninguém vê a minha explosão. Sou só eu. E o que sobra. Que é tanto e não tem peso. Que não tenta e consegue. Que tenta não conseguir. Existem marés que navegam menos fortes. Terramotos que vibram menos intensamente. Trovoadas que fazem menos barulho e nem conhecem o silêncio. Que força é esta que vive dentro de nós. Que berros são estes que me dão a conhecer quem sou. Que silêncio é este que faz com que oiça a minha voz.

Há terramotos menos intensos.
Trovoadas menos barulhentas.
Marés menos fortes.

Haverá alguém capaz de sentir a densidade da sua força... Haverá alguém destinado a ser quem é.... Existirei eu por ter conhecido o que fui? 



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Até Já

A minha foto
Apaixonada pela vida. Escrevo sempre que a inspiração regressa a mim. Prosa, poesia. Esta última é o meu mais recente amor. Sou apaixonada pelas pessoas que me rodeiam. Passeio pelo mar, pelas montanhas, pelas ruas da cidade. Tenho um grande amor por animais, especialmente pelo meu cão Pantera. Sou engenheira química e trabalho como gerente comercial Têxtil. Em breve vou publicar o meu primeiro livro de poesia! Dedicado ao anjo mais bonito que tenho, a minha Mãe.