domingo, 8 de janeiro de 2012

Não consigo entender o rasto da tua vida na minha e o sabor que deixaste em todos os cantos dos meus sonhos com a marca profunda de me teres amado tanto e ainda mais que a tua própria vida... Não consigo entender como ter-te amado tanto e pesquisado todos os teus sonhos ser hoje, isso, a teia que constrói a minha pele e a força que endurece os meus músculos. Não consigo... Entender como não consigo viver sem ti e ter-te atirado para fora da minha vida. Ontem, quando te disse adeus, menti. Porque não consigo entender como geres tanto a minha vida mesmo não estando eu nos teus braços nem as minhas mãos enrolando o teu cabelo... Disse-te adeus, sem medo de olhar para trás e, hoje, espero que as marcas que deixaste em mim por me fazeres tão feliz desapareçam como o vento faz desaparecer as folhas que estão velhas de mais para ficar. A vida sem ti é assim. Uma procura constante daquilo que fui contigo e de todas as vezes que me fizeste ser a dona do teu mundo. Uma luta de saudade onde eu não sei gerir estas saudades loucas que me consomem o corpo e me fazem tanto querer entregar-me a ti. Não me fico por pouco, sempre soubeste jogar comigo assim mas... Gerir a ausência que me fazes no corpo é como tentar atirar-me de uma ravina e não conseguir cair. Sufocante, desgastante. No dia em que te disse adeus pensei que era fácil viver sem ti. Mas ainda te amo tanto que ver-te pela janela arde em todo o meu corpo e sufoca, a cada segundo, todo o meu amor por ti. E dói mais, muito mais, saber que ainda vivemos um no outro como da primeira vez que nos enrolamos e penetramos nos nossos sonhos, defeitos, qualidades, sorrisos, loucuras, amores, cicatrizes, um do outro... Dói mais saber que nos pertencemos. E que ainda batemos pelo mesmo coração nas noites em que o frio faz rolar debaixo do cobertor e a ausência pula para dentro de nós. Disse-te adeus, sem medo... Mas é com medo de viver que hoje me sento na cama chorando por ti. Nunca conseguirei entender como te tornaste em tudo  o que mexe e remexe dentro e fora de mim. Sinto a tua saudade, lido com a tua ausência, vivo no teu amor... Espero que um dia não existam barreiras que nos façam dormir longe do mundo. Disse-te adeus mas ainda te amo tanto mas tanto. Marcas-te o meu coração e só o teu beijo irá curar, alguma vez, o amor que vive dentro de mim e dá voz, sempre, a cada passo que dou. Só o teu beijo... Alguma vez. O teu amor...

3 comentários:

  1. obrigada doce.tu és linda na escrita, linda linda

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  2. "No dia em que te disse adeus pensei que era fácil viver sem ti. Mas ainda te amo tanto que ver-te pela janela arde em todo o meu corpo e sufoca, a cada segundo, todo o meu amor por ti" que forte, que fortes palavras. que saudade, que adeus. que dor Marianinha. sejas forte sempre, sempre.

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  3. saudade e muito amor. tu és uma menina cheia de força, vais conseguir dar alguma estabilidade ao coração!

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Até Já

A minha foto
Apaixonada pela vida. Escrevo sempre que a inspiração regressa a mim. Prosa, poesia. Esta última é o meu mais recente amor. Sou apaixonada pelas pessoas que me rodeiam. Passeio pelo mar, pelas montanhas, pelas ruas da cidade. Tenho um grande amor por animais, especialmente pelo meu cão Pantera. Sou engenheira química e trabalho como gerente comercial Têxtil. Em breve vou publicar o meu primeiro livro de poesia! Dedicado ao anjo mais bonito que tenho, a minha Mãe.