Aprendi com os
infinitos dias que a vida me deu que uma das coisas mais interessantes na nossa
passagem na Terra é a de não termos medo de a viver como queremos. E mais
interessante do que isso, termos coragem de não ter medo. Porque é difícil não
o ter, e acho que concordam comigo. E ainda mais interessante do que tudo isto:
termos vontade de não o ter. Vontade de sair das presas que nos cercam. Vontade
de ter cada dia que passa mais coragem. Mais amor próprio. Mais amizade para
com o que somos. Termos vontade de seguir até mesmo as montanhas mais altas e
espinhosas, uma das alegrias maiores que podemos dar à nossa alma. Ao nosso
espírito. A cada célula do nosso corpo que pede, eternamente, para ser livre e
leve como as asas de alguém que voa. Aprendi... Ou vou aprendendo que todos os
dias são dias para ganharmos coragem. Para agarrarmos a vontade que está sempre
à nossa espera. Coragem de nos apercebermos que aquilo que somos aprendemos com
o que sentimos. Não ter medo de dar uma folga a nós mesmos. Essas preciosas
pétalas que fazem com que os turbilhões que passamos se acalmem e que a vida
comece a ter sentido outra vez. Que não faz mal falhar. Que não faz mal não
estarmos bem quando toda a gente espera exactamente o contrário. Que não faz
mal desiludir-mo-nos... Pois é no chão, no vazio do mundo, que ganhamos coragem
e vontade de sair de um mundo que é demasiado escuro para nós. Amar-mo-nos é o
segredo para termos todas estas grandiosidades que estão ao nosso alcance.
Aprendo... Ou vou aprendendo à medida que cresço que gostar de mim faz com que
a altura dos meus desejos e das minhas conquistas cresça para uma dimensão onde
é impossível o seu dimensionamento. E ter a noção de que isso nos acontece é a
paz mais reconfortante que o nosso coração pode ter. Que a nossa calma pode
desejar. Ter coragem é saber lidar com todo o tipo de aventuras e desgastes
emocionais. Ter coragem é não ter medo. De seguir... De mexer as pernas. De
abanar a árvore das vitórias. Aprendi e sei que vou aprendendo que os dias
podem ser infinitos ou tão curtos ao mesmo tempo. E que tanto os primeiros como
os segundos podem ser igualmente confortantes. Aprendi que sermos amigos de nós
próprios muda todas as perspectivas de jogo que alguma vez pensamos ter. E que
sabe bem ter vontade... De sermos mais. De ter um futuro melhor. De saber que o
medo está abaixo do que somos mas é a coragem quem reina nas asas que poderão
voar em nós. Aprendi... Ou vou aprendendo que o essencial está no espelho em
que, todos os dias, olhamos para nós. No espelho do que somos. Do que queremos
ser. Não da gordurinha a mais que agora já não faz diferença porque não dita
nada do que somos. O melhor de aprendermos a gostar de nós é o tempo. A idade.
A maturidade. E vou aprendendo que todos os dias sou mais um bocadinho bonita.
Que todos os dias saberá bem sair à rua. Com coragem. Com vontade... De não ter
medo... Porque ter coragem é não ter medo. De seguir... De mexer as pernas. De
abanar a árvore das vitórias...
Ter medo é importante, na minha opinião, pois é um indicativo de que nos estamos a aventurar por caminhos desconhecidos; é sinal que nos desafiamos. Agora, é importante não deixarmos que esse medo nos impeça de seguir.
ResponderEliminarr: Compreendo-te bem, também faço isso*
r: Tem que ser, não podemos parar.
ResponderEliminarBeijinhos*
Todos temos medo, é um facto e acho que o medo é necessário pois é ele que nos permite estar alerta e, consequentemente, nos permite protegermo-nos, porém há que saber quando o medo faz falta e quando está a prejudicar-nos e quando é o segundo caso temos de aprender e saber passar por cima do medo e transformá-lo em coragem, motivação :)
ResponderEliminarr: Sem dúvida, ainda para mais porque isso nos permite superá-lo :)
ResponderEliminarTudo isto é viver! Obrigada por este texto.
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