terça-feira, 11 de março de 2014

Como se me prendessem a alma... Como se me esmagassem os sonhos. Sentir que te perdi foi como se me rasgassem o coração, que de tão pequenino mas coisa guerreira, sangrou... Como se desvendassem a cor de que os meus sonhos são feitos -esses que são tão bonitos em silêncio. Como se pintassem o chão de vazio. As flores de negro... A saudade eternizada. Perdi-te num segundo nos meus braços e tudo o que pensava transformou-se em saudade que não acaba. Todos os segundos da minha vida após a tua partida rasgaram os planos de fundo do meu coração. A vida ao teu lado, as histórias que te ia contar, os abraços todos de amor que ainda tinha para te dar... Tudo isso reside na saudade que me encontrou a partir do momento em que os teus olhos fecharam. Em que tudo o que queria era voltar atrás no tempo para te conseguir eternizar e não à saudade. Em que tudo o que queria era não perder do meu abraço a mulher da minha vida. O meu porto seguro, a minha almofada nos tempos de tempestade. Em segundos os teus olhos fecharam e com eles a cor do teu olhar. O cheiro da tua pele que ainda sinto sempre que me lembro de ti. Em segundos o teu toque desvaneceu mas não de mim... Mas dói. Porque o mundo nunca mais sentirá o toque de um anjo que agora vive no céu. Porque o mundo nunca mais verá a beleza da sinfonia do teu corpo, a áurea que embebia toda a serenidade e paz que a tua alma continha, a utopia que o teu sorriso me trazia. Como se cortassem todos os meus sentidos a tua imagem fugiu e com ela a minha vontade de te resgatar... Os meus sonhos já não mais foram os mesmos. Rodando cada um deles na esperança que, seja onde quer que estejas, sejas feliz e que o teu coração permaneça em paz. Os meus sonhos nunca mais foram os mesmos. Sonho, agora, que se me estiveres a ler, estejas feliz. Por mim. Por seguir a minha vida com o teu nome nos braços e o teu sorriso no coração. Os meus sonhos nunca mais serão os mesmos... Porque me prenderam a alma. Porque me preencheram com vazios que seriam inteiros contigo do meu lado. Como disse à pouco: a saudade eternizada. Eterna. Eterno. Tudo eterno quando falo do brilho que tu eras: a minha Mãe. O meu mundo. O jardim por onde fluíam as minhas flores... O meu aconchego. Como se me prendessem a alma sinto a tua falta. Vives comigo através do sorriso que é meu mas meu só por teres feito parte dele. Nunca sairás de mim, serás sempre a minha flor. E eu continuarei a regar o teu jardim.

3 comentários:

  1. parece-me bem, Marianinha. temos de combinar, gostava muito de te ver, seria um mimo para mim. quando quiseres e puderes diz :3
    beijinho grande, bonita.

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  2. "(...) serás sempre a minha flor. E eu continuarei a regar o teu jardim." oh, belo!

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  3. oh, está tão triste e ao mesmo tempo tão terno! nunca deixes de regar esse jardim que nunca há se secar dentro de ti. se há coisa que a vida ensina é que a morte não existe no nosso coração, quem parte fica sempre em nós, e isso é imortal...!

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Até Já

A minha foto
Apaixonada pela vida. Escrevo sempre que a inspiração regressa a mim. Prosa, poesia. Esta última é o meu mais recente amor. Sou apaixonada pelas pessoas que me rodeiam. Passeio pelo mar, pelas montanhas, pelas ruas da cidade. Tenho um grande amor por animais, especialmente pelo meu cão Pantera. Sou engenheira química e trabalho como gerente comercial Têxtil. Em breve vou publicar o meu primeiro livro de poesia! Dedicado ao anjo mais bonito que tenho, a minha Mãe.